Você sabia que praticamente todo o plástico já produzido no mundo ainda está no planeta? Cerca de 60% da produção de plástico, em todos os seus formatos, virou lixo desde 1950, 30% continua em uso e aproximadamente 10% foi incinerado, liberando gases de efeito estufa na atmosfera. 9% de todo o plástico descartado foi de fato reciclado para reuso.
Embora muito versátil e útil para a vida cotidiana, o plástico é um material de origem fóssil, que leva de centenas a milhares de anos para se degradar, permanecendo muito tempo no meio ambiente como corpos estranhos, ameaçando a vegetação, os oceanos, e a saúde de humanos e animais.
Para se ter uma ideia da longevidade do plástico, podemos dizer que, se ele já tivesse sido inventado quando os portugueses desembarcaram pela primeira vez no Brasil, uma garrafa PET de água que Pedro Álvares Cabral teria tomado em Porto Seguro talvez ainda estivesse entre nós, porque seu tempo de degradação pode levar até 600 anos, segundo o Ibama. Ou ela teria ido parar no oceano, sofrido decomposição pela luz do sol e se dissolvido como microplásticos e nanoplásticos, que podem ser ingeridos por animais marinhos. Recentemente, pesquisadores encontraram partículas plásticas em 98% dos peixes analisados na Amazônia. 2
Em resumo: todo o ciclo de vida do plástico está prejudicando a vida no planeta e, embora sua completa substituição não seja uma realidade viável a curto prazo, é fundamental propiciar alternativas ao uso tão disseminado e inconsequente desse material.
Em busca de soluções inovadoras que tenham impacto socioambiental positivo, fazendo o melhor uso da matéria-prima nativa que a própria natureza nos proporciona, a EKOSFERA está desenvolvendo estudos e aplicações de blendas poliméricas biodegradáveis e compostáveis como alternativa ao plástico tradicional.
Bioplástico é o projeto da EKOSFERA para disponibilizar no mercado um plástico totalmente biodegradável, compostável, solúvel em água, feito de materiais orgânicos, naturais e sem nenhum componente de origem fóssil.
No momento, os bioplásticos rígidos são pesquisados e desenvolvidos a partir de resíduos de caroços e sementes da Amazônia. Eles poderão ser utilizados em produtos da indústria alimentícia e da beleza, entre outras.
Produtos: potes, tampas, invólucros diversos.
São produzidos a partir do ágar-ágar, uma gelatina rica em fibras e minerais que é proveniente do cultivo de macroalgas na costa brasileira.
Produtos: sacolas que substituiem o saco plástico tradicional e outros tipos de embalagens.
1 Science, 2017. “Produção, uso e destino de todos os plásticos já produzidos.” https://www.science.org/doi/10.1126/sciadv.1700782
2 G1, 2020. “Pesquisadores acham plástico dentro de 98% dos peixes analisados em estudo na Amazônia.” https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/08/19/pesquisadores-acham-plastico-dentro-de-98-dos- peixes-analisados-em-estudo-na-amazonia.ghtml
3 Público, 2020. “Já comeste plástico hoje? Podemos chegar a ingerir 20 quilos, ao longo da vida.” https://www.publico.pt/2020/12/09/p3/noticia/ja-comeste-plastico-hoje-podemos-chegar-ingerir-20- quilos-longo-vida-1942268
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